Vacina parte dois
Desta vez o pavilhão estava ao rubro e não me despachei com tanta rapidez - umas duas horas ao todo, mais coisa menos coisa. Penso que a nossa homenagem se devia estender aos voluntários que estão nos centros a distribuir questionários, arranjar cadeiras, a indicar ao pessoal para onde deve ir e onde se deve sentar...Evitando assim o caos total. No momento crucial nem prestei atenção à agulha porque estava concentrada na explicação sobre os efeitos secundários - não há nada para prestar atenção na verdade, não há a satisfação de ver o sangue a sair. Fiz agora alguém sorver o ar em horror com esta imagem...
Mas tirando dores no braço, não tive nada. Enquanto estava à espera vi que há dois tipos de pessoas - as que deixam cair algo no chão e seguem em frente e as que pelo menos procedem a algum tipo de desinfecção. Faz-me lembrar quando eu pelo sim pelo não já andava a desinfectar bem mãos e cenas, mas o pessoal ainda estava um bocado blasé. Nunca fui muito optimista. E falam-me em voltar a dar abraços e não sei quê, partindo da ideia de que isso era algo de que eu gostava em primeiro lugar. Há demasiada gente com pouca noção do espaço, na minha opinião...Relacionado com isto, outro dia tive que ir ao médico. Realmente seria muito estranho para alguém de fora ver um médico(a) tapado(a) dos pés à cabeça a falar com alguém que não está à sua frente mas numa cadeira afastada, encostada à parede. Mais outra coisa que não tínhamos visionado para o futuro.