Pronto, já me posso queixar do ano novo. Realmente não gosto: Para começar ninguém se cala com a história das resoluções, não importa que no final acabem por não cumprir nada daquilo. É um ciclo vicioso. Depois não sou festiva. Só quero o meu sossego e o menos de confusão possível (e passas são um nojo), mas o ano novo é como o Verão: se ficamos em casa a ler ou debaixo das cobertas ficamos com a sensação de que não estamos a aproveitar a vida. Devíamos estar às cambalhotas com alguém em vez de ler romances históricos sobre pontes. Também não gosto de coisas que envolvam mudanças: não é que não queira que este ano acabe, também não quero que o outro comece...Aff. Continuo com o Vale das Bonecas, não tenho avançado nada e não é por estar a ler mais três. A Ponte Sobre o Drina foi sugerido num post anterior. Quem tem bons seguidores tem tudo.
Uma vez no Carnaval fiquei em casa a analisar poemas do Pessoa...Não me arrependi. Estou a gostar da Ponte: sólido e bem escrito, embora não do tipo que se lê de uma assentada. Também já tenho o Deserto mas só vou começar a ler quando acabar todos os outros que estão na mesa de cabeceira neste momento - parece-me muito interessante, tipo Kafka não? Em que a narrativa não vai a lado nenhum. Bem, este blog pode não ter o grau de fama de outros mas pelo menos não me posso queixar das sugestões de leitura - tenho tido óptimas surpresas. Vou investigar esses também.
Tem sido nos blogues discretos e em alguns dos seus comentadores que tenho descoberto as maiores pérolas. Afinal, para saber as novidades e os best-sellers também sei passear na Fnac! Não te sei dizer, nunca li o Castelo, está ali a apanhar pó com os outros Kafkas. Mas dá-me vibes da Montanha Mágica, que me intriga muito mas ainda não li porque... páginas. Muitas. Paula