Projecto literário para a velhice
Terminei Good And Mad da Rebecca Traister - óptimo livro. Depois fiquei na dúvida se começava o A Small Corner of Hell ou o Patience and Sarah. Como era de esperar escolhi o primeiro. Ontem cheguei a meio e previsivelmente também comecei a pensar o quão mais fácil era ir a uma livraria e pegar o primeiro livro com capa rosa e floral (também designados de "ficção feminina". Um termo inquietante, tal como o termo "ficção doméstica") ou um daqueles pseudo-intelectuais sobre o amor que parecem estar na moda...Pelo menos é o que vejo pelos blogs. Nunca tive nenhuma fase de livros românticos, achava uma perda de tempo - eram leituras esporádicas.
Quer dizer, li o primeiro Diário de Bridget Jones. Por alguma razão a cena que me lembro melhor é quando ela está a cozinhar e mete o pé na panela do molho. Não é por eu ser infantil, senti-me identificada. Uma vez emprestaram-me uns romances históricos passados na Cornualha e que tinham famílias brasonadas e mansões vetustas cheias de mal entendidos e drama e um fim satisfatório, só não me lembro se tinha sexo...Acho que não. Não era de longe das piores coisas que já encontrei, mas dava para perceber o apelo destes livros. Não temos nada a temer: as histórias tendem a ser sempre iguais e tudo acaba bem, o amor prevalece, etc. Mesmo as coisas reais e terríveis são facilmente digeridas se cobertas com uma camada de mel. Presentemente não tenho dinheiro nem tempo para investir nas coisas coloridas que pululam nos escaparates. Lê-las vai ser um projecto para a velhice...