Vocês a achar que esta que vos escreve não celebra o dia 14...Mas claro que sim! Mas não com jantares em que se paga muito por quase nenhuma comida, nem com o visionamento de filmes que dizem que um tipo pode abusar à vontade de uma mulher desde que seja rico e bem parecido, nem com pedidos de casamento. Honestamente, não casaria com alguém que achasse boa ideia fazer o pedido em tal dia. Quão aborrecida uma pessoa tem de ser? E aqueles pedidos em público? Que medo. A minha ideia de amor verdadeiro: fui buscar livros à estante, li passagens ao acaso, dei-lhes abracinhos...Acabei com duas pilhas em cima da secretária. Como já fiz um post sobre casais da literatura desta vez escolhi outra instituição cara a tantos leitores: a primeiríssima vez que as nossas personagens se encontram:
Possivelmente o encontro menos promissor de sempre
(Pride and Prejudice - Jane Austen)
Winterbourne encontra Daisy
(Daisy Miller - Henry James)
Alex encontra Tatiana na paragem do autocarro
(The Bronze Horseman - Paullina Simons)
Jane não se assusta com testas franzidas e ares rudes
Sublinho geralmente a lápis, mas às vezes também a caneta - o memorial está cheio de passagens sublinhadas a laranja e tb umas a verde acho eu! E também escrevo neles, nas margens...Gosto tanto de fazer anotações. Já acrescentei os títulos :D
Mas eu gostei do enigma e fui logo pôr os parezinhos desconhecidos no Google. Tenho cá os dois do Henry James e, como são pequeninos, só preciso mesmo de um empurrãzinho. Gostaste de ambos, portanto? Às vezes, ouço falar com Henry James como o papão das frases longas, complexas e desconexas. Paula
Assim já ninguém precisa de pesquisar :D São todos relativamente conhecidos, expecto talvez o da Paullina que é um romance histórico. Gostei muito de ambos. o James é um escritor fantástico. Não é aborrecido e desconexo menos ainda - claro que tem descrições, mas são tão bonitas...Os diálogos, a construção das personagens (incluindo femininas)...Gosto de tudo. O seu poder de observação às vezes faz lembrar a Austen.
Já agora, fala-me desta trilogia da Paullina Simons. Nunca tinha ouvido falar nela e vi que tem boa avaliação dos leitores, mas é um caso em que eu julgaria o livro pela capa. E o título em PT também não ajuda. Paula
É a história de uma rapariga de São Petersburgo e de um soldado do exército vermelho que se apaixonam em 1941 - a trilogia acompanha a vida deles ao longo do tempo e as suas tentativas de ficarem juntos. É uma história de amor - é verdade. Tem partes fofinhas em que se eles são a modos que fofinhos um com o outro...Mas também está razoavelmente bem escrito e tem detalhes interessantes sobre a vida na Rússia Soviética e durante o cerco alemão. Eu gostei...Essa edição da ASA é horrível, existe uma outra mas acho que já não se encontra - O primeiro volume é para aí de 2000 ou 2001.
Obrigada, Sara. Vou mantê-lo debaixo do meu radar, a ver se encontro uma pechincha, porque o cerco de Leninegrado é um episódio que me impressiona imenso. Curiosamente, li há pouco tempo "Fome" de Elise Blackwell, sobre os cientistas que guardavam as sementes no Instituto Botânico na altura, e deu para ter noção da agonia que deve ter sido. Paula
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