O que falta nas prateleiras das livrarias?
- Porque será que há gente, em locais públicos, que insiste em iniciar conversações mesmo vendo que a outra pessoa está sossegada com um livro? E depois parece mal ignorar a pessoa, especialmente se for velhinha...
- Outro grande mistério é este: porque será que algumas autoras que encontro têm na informação biográfica "autora feminista" e outras "autora feminista radical"? Sempre que vejo isso lembro-me deste comentário, a um dos livros que li recentemente:
A verdade é que para irritar o patriarcado é preciso bem pouco...Repita esta frase comigo leitora: sou um ser humano, não um capacho de entrada. Pronto, agora pode considerar-se radical.
- Uma coisa que aprendi no Goodreads é que em algumas escolas neste mundo existem disciplinas de estudos sociais e de género e até cursos disso. Será que existe alguma coisa parecida aqui?
- É uma tristeza que os livros de teoria feminista sejam sempre excluídos da listas de títulos de filosofia e política "obrigatórios". Com sorte parecem lá um ou dois...
- E esses serão os únicos que vão encontram disponíveis nas livrarias. Portugueses então, béu béu. Não era amoroso as livrarias terem uma secção de feminismo?
- Um dos problemas desta constante exclusão, e que é transversal à produção literária e artística das mulheres, é que impede a ideia de continuidade (tão cara aos homens). Ok, aqui está esta obra de 1949 e depois? É possível que nada de teoria feminista tenha sido escrito nas décadas seguintes?
- E depois claro: fica a parecer uma coisa estática que caiu agora do céu. E que não produz resultados práticos, um falhanço. Há sempre alguém a dizer isto do activismo...Não vejo nada a mudar, para que é que me vou esforçar? Que pensamento tóxico...