Mulheres na Ciência
Há uns tempos encontrei uma página sobre mulheres cientistas e guardei algumas imagens que lá estavam...Nunca mais me lembrei delas até que no Fim-de-Semana fiz uma incursão à minha pastinha e achei que era algo a ser partilhado. A verdade é que muitas vezes encontro gente por essas interwebs que acredita realmente que laboratórios e mulheres são universos opostos: houve uma eminência que disse que a ciência é rapazes a mexer em brinquedos. Permitam-me discordar:
Hooper foi a primeira mulher a conseguir o doutoramento em matemática na Universidade de Yale em 1934. Em 1942 entrou para a marinha onde ajudou a programar o Mark I - o primeiro computador electromecânico automático de larga escala. Pioneira no processamento de dados, ajudou a criar o COBOL (common business-oriented language) - uma linguagem de programação que ainda é utilizada hoje
Em 1952 Franklin conseguiu imagens do DNA utilizando o Raio X. Uma delas - a foto 51 - mostrava a estrutura de dupla hélice. Sem autorização o seu colega de laboratório Maurice Wilkins (que pelas costas a chamava de bruxa) apropriou-se da foto e mostrou-a a James Watson e Francis Crick. No ano seguinte eles publicaram a descoberta da dupla hélice na revista Nature sem citar o trabalho de Franklin e os três ganharam o prémio Nobel. Só em 2000 Watson reconheceu que nunca teriam chegado a esta descoberta sem Rosalind. Hoje ela é reconhecida como mãe do DNA
Mayer nasceu em 1906 no Império Alemão, aos 24 doutorou-se pela universidade de Göttingen e no mesmo ano partiu para a América onde trabalhou por décadas sem ser paga. O seu marido chegou mesmo a ser despedido da universidade Johns Hopkins porque o reitor considerava uma afronta a presença de Maria no laboratório. Os seus estudos permitiram compreender as propriedades magnéticas nos núcleos, conhecimento esse que é a base das ressonâncias magnéticas usadas hoje na medicina. Ganhou o Nobel da Física em 1963
Meitner nasceu em 1878 em Viena. Conseguiu entrar na Universidade em 1901 e doutorar-se 5 anos mais tarde. Depois foi para Berlim onde trabalhou com o químico Otto Hahn: ela estudava as propriedades físicas das substâncias radioactivas e ele as propriedades químicas. Conseguiram progressos na área da física nuclear e em 1938 descobriram o fenómeno que chamaram fusão nuclear. Só Hahn foi premiado por esta descoberta, erro nunca reconhecido pelo comité.