Já a pensar na Feira do Livro?
Na minha senda de voltar a inserir cavalheiros (um revirar de olhos feminista, por favor) na minha vida literária, decidi incluir alguns na lista de compras para a Feira do Livro deste ano - nem sei se isso vai acontecer ou quando, mas não importa. Pensei: vou fazer uma lista pequena, desta vez só com alguns livros que quero mesmo. Pensamento mais utópico do que achar que alguma criatura em Wonderland vai ser prestável com a Alice. Quando a lista já passava dos vinte títulos, vi que tinha de cortar alguns. No fim percebi que tinha posto de lado quase todos os autores, menos um ou dois.
Parece de propósito, mas não foi. Mesmo que eu fique só por autoras que já conheço e gosto em vez de comprar novas, só isso leva o orçamento todo. Também só no fim percebi que vários dos livros são de editoras que não fazem hora H na totalidade (um disparate. Como mandar cortar cabeças a torto e direito. Monarquia britânica...tsk, tsk). Forçando assim a pobre introvertida a perguntar o que está ou não abrangido pela promoção quando tudo o que ela quer é ter o mínimo de interacção.
Não sei se contei, mas o ano passado comprei dois livros numa banca e os dois exemplares que me deram tinham danos, tive que pedir para trocar - e num dos casos o segundo estava igual. Achei que a funcionária, que tinha uma cara de frete pior que a minha numa aula de matemática, ia tirar a máscara e tossir-me para cima...faz-me lembrar que entre os sons que marcam a Feira está o inconfundível som de livros a cair ao chão - provoca-me sempre um arrepio na espinha. Quer dizer o meus também caem às vezes, o episódio mais icónico foi quando a minha Jane caiu de cima da estante, partindo-me o coração e por pouco também um pé.