Inspira-me: livros na ilha
Pergunta o Sapinho: se fossemos para uma ilha e só pudéssemos levar três livros quais seriam? Bom, em primeiro lugar teriam de se avaliar as condições da ilha - é totalmente deserta? tem lá hotéis? escotilhas escondidas? Vivem lá nativos? Dá para levar mais pessoal e mais bagagem? E porque só três livros e não tipo cinco ou seis...Haveria lá alguém a inspeccionar? Tem um a mais já não entra! Este tipo de perguntas eu costuma fazer quando me colocam os problemas de matemática á frente...Com que objectivo alguém compra oitenta melancias? Compreende-se que as minhas notas na matéria não eram muito boas. Por acaso não gosto muito de ilhas, especialmente daquelas pequenas em que só se ver mar em volta por onde quer se olhe. Uma vez estive nas Berlengas e jurei para não nunca mais, não que a paisagem não seja bonita, mas o caminho é a subir e de um lado é o precipício e do outro...o precipício! Fiquei na zona mais plana (não vi nem o farol nem o forte que lá há) a ver as pessoas a desembarcar e ás tantas comecei mesmo a ficar claustrofóbica...É que não há sítio para onde fugir. Só gostei mesmo da viagem de barco até lá. Fiquei na zona coberta e dava para sentir o barco a galgar as ondas. Enfim, se a ilha fosse totalmente deserta acho que levava um manual de sobrevivência que ensinasse uma fogueira e assim. Se não fosse, levava uns livros bem grandes que me ocupassem o tempo entre um mergulho e outro:
A Ada é suficientemente denso para me ocupar por um bom período, se bem que também ia precisar de papel, caneta e dicionário. Tinha de incluir o pc na bagagem. O Ricardo idem, ainda por cima já não me lembro muito bem da história. O Diário, era para me dar coragem...E também tem os seus momentos engraçados. Mas seria uma pena deixar os restantes para trás. Provavelmente se fosse agora olhar para a estante escolhia outros. Também não estou a pensar ir assim para nenhuma ilha de momento...Só se fosse para os Açores.