Duras Realidades
(Tirado daqui)
Terminei: Please Look After Mom de Kyung-Sook Shin (Coreia do Sul), uma mulher desaparece sem deixar rasto e nas buscas que se seguem os filhos percebem que não conheciam a sua mãe assim tão bem. Não gostei muito. Entre o Ser e o Amar de Odete Costa Semedo (Guiné-Bissau), um livrinho de poesia que mostrei um dos posts anteriores. E Smile as They Bow de Nu Nu Yi (Myanmar\Birmânia), uma novela muito interessante passada durante um festival em Taungbyon - durante uma semana esta pequena vila enche-se de pessoas que vêm fazer oferendas e pedidos aos espíritos, chamados Nats. Quem oficia entre os espíritos e as pessoas são chamados de Natkadaws e são principalmente gays e transgéneros, que numa sociedade muito conservadora (este livro esteve proibido por mais de uma década) encontram aqui um espaço onde se podem mover livremente.
No segundo lote e provando que ainda não perdi o dom de bem conjugar leituras, li: Women Without Men de Shahrnush Parsipur, uma alegoria da vida das mulheres no Irão (que baniu o livro). Gostei mais ou menos. Escravas do Poder, da jornalista Mexicana Lydia Cacho. Também gostei mais ou menos, se é que se pode dizer isto de um livro sobre tráfico sexual...E The Barefoot Woman de Scholastique Mukasonga - um tributo da autora à sua mãe, incansável protectora dos filhos e guardiã das tradições ruandesas que caiu vítima do genocídio com quase toda a família. Uma narrativa devastadora que ao mesmo tempo é radiante de amor. Próximas paragens já escolhidas: Brasil e Malawi.