Aproveitando as Insónias
As minhas insónias podem ser produtivas, quando adianto um texto para publicar aqui ou adianto as leituras. Às vezes podem parecer que foram produtivas, mas afinal não: quando me apercebo no dia seguinte que o texto que escrevi na verdade não está nada de jeito (aconteceu ontem) ou que é perda de tempo continuar aquele livro (não tem acontecido. Voltei aos poemas da Rossetti. Maravilhoso) e podem não ser produtivas de todo que é quando dou por mim a ler artigos sobre minimalismo (é coisa que não me atrai muito. Coloquei na pesquisa interior de casas minimalistas e apareceram salas todas brancas e quase sem móveis. Não quero viver no nono círculo de Dante, obrigada) ou sobre a melhor maneira de caramelizar as cebolas. As insónias têm atacado com força esta semana, o que explica porque os últimos posts ficaram tão grandes. As noites são boas para trabalhar na agenda feminista. Amo quando pessoas dizem que existe uma agenda política feminista que está a destruir o mundo. É como se grupos de feministas se reunissem em bunkers para elaborarem planos sinistros de controlo do mundo e extinção dos machos. Bem, tenho de revelar que a minha agenda não envolve decapitar cavalos para enviar as cabeças a homens pelo correio, mas coisas como revisar um texto que devia ter dois parágrafos e acabou com seis, pesquisar autoras e respectivos livros, ler coisas por aí, com tabs abertas em páginas feministas para ter inspiração para futuros textos e saber novidades. Por exemplo, só descobri isto agora e já há tanta coisa para dizer. A primeira é: falta muito?
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