Em seguimento do post anterior: tenho tendência a saltar à frente algumas discussões - o que é um clássico, o que é escrever bem ou mal, se todos os livros são bons...Não é por malícia. É que isso nunca leva a lado nenhum. Eu leio um monte de coisas. Neste monte geralmente não estão incluídos: coisas lamechas, bestsellers, séries, auto-ajuda...Há demasiados bons livros e pouco tempo e pouco dinheiro. Também compro livros meio ao calhas às vezes, mas não custam 20 euros. Tenho a mesma política em relação a gastar dinheiro num bilhete de cinema para ir ver comédias de sábado à tarde. Também não é por malícia mas acho mesmo que há livros que são tão maus que mais vale ligar a TV. Naturalmente há uma diferença entre achar isto e andar a chatear os demais: acho que vocês devem ler o que vos apetecer e o que vos faz felizes e assim dispensam-se insultos e mimos nas caixas de comentários uns dos outros como já tenho visto. No fundo sou um doce.
Os posts que têm surgido com as leituras do ano de cada um: tenho tendência a saltar a parte dos números à frente. Não é por malícia...Nunca fui muito boa em números e isso quase nada me diz sobre como é que foi o vosso ano neste aspecto. Se nunca tivesse descoberto a blogosfera [literária] nunca teria descoberto que afinal não sou grande coisa como leitora: ainda não terminei nenhum livro este ano nem sei o que vou ler ao longo dele; não faço listas nenhumas; nunca sei o que está nos tops de vendas; não tenho a minha estante arrumada por ordem alguma (uma vez tentei mas não deu); às vezes entusiasmo-me e coloco seis livros na mesa de cabeceira - no dia a seguir queixo-me que não tenho nada para ler; nem sempre acabo o que começo; outro dia estava ler e precisei de uma caneta, levantei-me para ir buscar mas distraí-me a pensar em qualquer coisa e quando me voltei a instalar confortavelmente com o livro percebi que não tinha trazido a caneta...Há uma tampa de um pacote de leite aqui em cima da secretária. As razões para isso permanecem um mistério.
Quando constato que um livro é realmente bom passado dias ou mesmo semanas de o ter acabado. São tantas coisas que podem passar despercebidas numa primeira leitura: podia fazer uma lista de todas as coisas novas que descobri no Memorial do Convento nesta terceira vez. Acontece-me pensar no livro quando estou a dar banho ou a descascar batatas (esse tipo de actividades especialmente filosóficas) e reparar em pormenores que me escaparam. Ou quando estou a escrever sobre o livro no meu caderninho. Outro dia estava a escrever e duas páginas depois tive que fazer uma pausa para apreciar o facto inequívoco que ali estava uma pérola. Claro que achei o livro bom quando estava a ler, mas estruturar as ideias no papel e divagar sobre elas (por economia de tempo e dinheiro agora ando a tentar não gastar mais de três ou quatro páginas por livro) fez aumentar essa percepção e fiquei feliz.
Feminista * plus size * comenta uma variedade de assuntos e acha que tem gracinha * interesse particular em livros, História, doces e recentemente em filmes * talento: saber muitas músicas da Taylor Swift de cor * alergia ao pó e a fascistas * Blogger há mais de uma década * às vezes usa vernáculo * toda a gente é bem-vinda, menos se vierem aqui promover ódio e insultar, esses comentários serão eliminados * obrigada pela visita!
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