Sugestões de leitura para o Dia da Liberdade

Ou melhor dizendo, uma tentativa de sugestão. Fico sempre intimidada pelo quanto algumas pessoas já leram e então penso que é melhor ficar quieta...Mas a verdade é que nem só de ler vive alguém que ama livros - também vive de folhear o que já leu, de escrever sobre livros, fotografar, partilhar e eu amo fazer todas essas coisas. Um grande privilégio. De modo que fui à estante buscar alguns títulos que achei que seria interessante partilhar, ainda que nem tudo esteja directamente relacionado com o 25 de Abril. Além disso estava a sentir um desânimo porque estava a pensar que o mal é sempre tão alto, é sempre só gritaria e mentiras cheias de cuspo, é fácil simplesmente encolher os ombros...

É o bafo do passado que arfa no pescoço

Espetros no encalço o passo apressa em esforço

É bomba-relógio o ódio pelo outro

O sopro da história ensinou-nos pouco

Nuvens ameaçadoras

É sombra da velha senhora

Fetiche por homens de farda

A guarda está na retaguarda

(Capicua ❤️)

Sim, o Felizmente há Luar dá-se na escola mas por algum motivo não se fala muito deste livro...E nenhuma lista destas estaria completa sem veneráveis bruxas

"Desculpem não nos encontrarmos nestas ruas. Só nasceremos amanhã"

Os meus lindos livros de escritoras negras - Djaimilia Pereira de Almeida e Ana Paula Tavares deviam estar aqui mas não as tenho em papel ainda. Suor aparece aqui porque tenho a forte memória, já partilhada, de o ter lido há anos nesta mesma data num comboio - coisa que me parece difícil em ditadura, esta história perigosa de pessoas pobres que vivem num cortiço sem condições. O livro da Joana Gorjão Henriques - leitura de reflexão essencial.

(Livros da lista de espera incluindo os dois que comprei por influência da Cristina - prometo que vou mesmo ler!)

(A última entrada do livro Portuguesas Com M Grande)

Livros pouco estéticos

(Não tinha planeado publicar nada hoje, mas achei que seria engraçado mostrar a diferença de cor entre o livro que terminei e aquele que planeio começar a ler, edições com trinta anos a separá-las. Ao longo dos tempos tem sido motivo para vários posts o estado de alguns títulos que compro - páginas a cair, páginas coladas, lombadas desfeitas, livros que se separam em duas metades, todo um gradiente de castanhos que o pessoal aqui em casa acha que um dia me vão intoxicar por mantê-los na mesa de cabeceira...Mais uma razão para não ser influenciadora. Não é que não deseje uma vida estética incluindo edições bonitas nas estantes, mas a dita vida levou-me a ser uma colectora de livros decrépitos vendidos sem glamour por muito pouco - ia dizer livros bons para o lixo, mas foi de lá que alguns vieram. Não há romantismo que possa salvar isto, mais vale abraçar a anti-estética)