Leituras: alienígenas, flores...
Terminei Kissing the Witch: Old Tales in New Skins de Emma Donoghue, um pequeno livro que reconta histórias e contos de fadas conhecidos dando-lhes um toque feminista e sáfico. Talvez algumas pessoas não gostem que ideias subversivas tintem as suas histórias preferidas, mas não é o meu caso. A realidade é que o período de vida em que uma pessoa acha que a Branca de Neve ou a Pequena Sereia são a última bolacha do pacote foi muito curto no meu caso - eu rapidamente passei a achar estas histórias aborrecidas e depois que passam péssimas mensagens às miúdas. E não tenho um físico de princesa nem um temperamento muito doce por isso também não valia a pena alimentar expectativas.
Não estou a falar dos originais que parecem sempre envolver métodos de tortura inquisitoriais... Isto não lêem os pais aos miúdos ao deitar, que estranho. Basicamente estou sempre disponível para diferentes explorações - não poria este livro no mesmo patamar de The Bloody Chamber and Other Stories da Angela Carter, que ainda me faz suspirar, mas de qualquer modo gostei bastante: da escrita e dos twists e de como as histórias estão todas interligadas.
Por falar em sangue a seguir passei para Bloodchild and Other Stories de Octavia Butler, não tinha a certeza se ia gostar visto que por norma não leio ficção-científica. O conto que dá título deve ser o mais conhecido, ganhou um prémio Nebula e Hugo - uma inesperada história de amor! Mas inclui mais seis histórias e dois ensaios autobiográficos e eu gostei muito da colecção como um todo.
Continuando com o esforço de "despachar" os livros que estão a amarelecer na estante à espera, a maioria abandonados quando virei a minha atenção quase em exclusivo para as autoras, decidi pegar no A Sétima Porta. Infelizmente não gostei assim muito...Nunca tinha lido nada do autor antes. Agora encontro-me a ler um pequeno livro sobre flores e os seus significados\simbolismos, pois queria algo simples e as ilustrações pareciam bonitas (e são) - Floriography: An Illustrated Guide To The Victorian Language Of Flowers. Na introdução é explicado que este era um método clandestino de comunicação numa altura em que as emoções não podiam ser mostradas abertamente - fascinante.