Feira do Livro 2020: world edition
Não cheguei a mostrar os livros que trouxe da Feira do Livro. A minha ideia era trazer somente livros de autoras de países que ainda não tivesse lido e rapidamente constatei duas coisas: mesmo limitando assim o espectro a lista ficava impossível - eventualmente consegui torná-la modesta, com apenas cinco ou seis títulos. E agora, será que vieram só esses? Não. Mas em minha defesa devo dizer que já não comprava livros deste que isto tudo começou. Bem, comprei só um. Outro coisa que constatei é que teria dado mais jeito a Feira em Junho do que agora mais perto de acabar o ano, fica mais difícil ler todos os livros mesmo que alguns não sejam grandes.
Do que vi pareceu-me haver muita coisa interessante nos alfarrabistas e mesmo fora, mais do que o ano passado. É realmente uma pena não dar para mergulhar as mãos entre os livros com todo o vagar e à vontade. Acabei por não resistir a fazer isso nos descontinuados da Relógio D'Água, mas não fui minuciosa nem cheguei a ver a banca toda. Queria despachar-me o mais rapidamente possível (acabei a ir duas vezes - a segunda apenas para ir buscar um que ficou encomendado). Então aqui estão eles:
Dos três livros disponíveis da Magda Szabó só este estava em promoção, por isso foi o que trouxe; kallocaína é uma distopia escrita em 1940 (nem sabia que estava editado em português, traduzido do sueco original. Entretanto descobri que outra distopia que tenho aqui para ler, Swastika Night da Katharine Burdekin foi editado pela Caminho, infelizmente já há muito tempo. Não aparece em lado nenhum. Um que estava com esperança de encontrar na Feira era o Unbowed da Wangari Maathai mas estava esgotado); Rumo a Casa já foi lido e recomenda-se e O Assassínio de Sábado de Manhã é um policial de uma autora israelita, Batya Gur.
O Livro de Emma Reyes vi pela primeira vez no, infelizmente parado, Mais Mulheres Por Favor e ficou na minha lista para comprar deste então. Se não me engano também foi aí que vi referência a livros da Annemarie Schwarzenbach - é um nome que tenho visto flutuar por aí e decidi trazer Com Esta Chuva que é um livro de contos; O Pais de Akendenguê é um livro de poesia de Conceição Lima, uma autora de São Tomé - fiquei super contente por tê-lo encontrado.
Nomeado para o prémio Booker em 2016, Não Digam Que Não Temos Nada é um romance histórico passado na China, durante a revolução cultural. Hoje Preferia Não me Ter Encontrado vai ser a minha segunda tentativa com a autora, da primeira vez não passei do início. Não é algo usual, se calhar estava sem paciência já não me lembro bem. O meu lado de masoquista literária é conhecido, como se pode ver também pelo facto de ter trazido Eu Serei a Última.
Estes são os extras: O Prazer da María Hesse - a primeira coisa que notei ao chegar a casa é que a capa do livro sobre a Frida Kahlo tem um tratamento que a torna brilhante e suave ao toque, mas a capa deste não tem. Fiquei um pouco desiludida com esta aparente falta de esmero da editora. Fora este detalhe o livro parece maravilhoso, já andei a espreitar - mas estou a guardar para a altura em que o for realmente ler. Inicialmente tinha o Karen da Ana Teresa Pereira na lista, depois tirei-o e acabei por trazer este dos descontinuados juntamente com o da Anna Akhmátova, conhecida poetisa russa.