Factos e imaginação
Quando digo que gosto de clássicos e que pouco sei do que está na berra, que não leio muitas coisas românticas nem de supernatural, de fantasia ou auto-ajuda...Faz parecer que sou uma esquisitinha. Mas constato agora que não sou nada comparado à pessoa que encontrei num vídeo algures a dizer que os miúdos na escola deviam era ler coisas práticas com factos e estatísticas em vez de romances, que não são produtivos...Não é a primeiro vez que encontro opiniões como esta e gente que ostensivamente diz que não lê ficção. Que vida literária triste...Também há a versão, menos dramática: não leio romances. Como se um sem número de autores consagrados não tivessem construido as suas carreiras escrevendo romances e como se isso não fosse uma boa parte do cânone literário...Talvez um dos motivos seja a confusão que se faz entre romance e romântico. Depois do outro lado há quem diga que nunca lê não-ficção - o que também não me faz muito sentido. Há não-ficção sobre todos os temas, escritos numa variedade de estilos...São dois tipos de leitura que podem muito bem conviver.