Se há algo que dá matéria para posts são as minhas idas a livrarias. Não que eu não vá a outros sítios, mas o que pode ser mais interessante do que prateleiras cheias de livros? Também não quer dizer que compre sempre, mas andei rabugenta toda a semana e estava na disposição de trazer algo para me animar. Não julguem. Na primeira loja nada me cativou ao ponto de decidir trazer. Havia lá o Mein Kampf. Já sabia que não estava mais proibido, há para aí uns dois anos, mas ainda não me tinha cruzado com essa abominação. Distraí-me com isso e acabei por não verificar se havia novidades da Nora Roberts. Que espécie de leitora sou eu? Ao lado estava uma edição de capa dura do Manifesto Comunista. E do outro estava o 101 Sítios Para Fazer Sexo antes de Morrer. Não é verdade.
Na Feira do Livro é mais fácil encontrar certos livros - já sei que editoras têm coisas que me interessem e as que não, mas com a organização por áreas tenho de pensar onde terão encaixado aquele livro de não-ficção ou os feministas. Na segunda livraria investiguei as áreas de História, política e biografias e depois Psicologia, Filosofia e Sociologia. Sou sopinha de letras, ainda bem que não se nota nada...Nesta última encontrei um título que queria sobre tráfico sexual. Tinha-o na lista de títulos a comprar na FL, mas não resisti. Entretanto já tenho dois candidatos ao espaço vago: 100 Portuguesas com História, Anabela Natário (para este teria de ir à Porto Editora...meh) e Mulheres Portuguesas, Helena Pereira de Melo e Irene Flunser Pimentel. Preciso de parar de pesquisar livros.
Voltando ao tema: pessoas tecnicamente novas, mas que agem como velhinhas - lembrei-me da vez em que fui às Berlengas. Já devo ter falado disso aqui algures, mas vem a calhar pois foi um sítio que desafiou todas as minhas ideias sobre como devo viver a vida. Para começar aquilo é só água a toda a volta - é um bocado redundante dizer isto tratando-se de ilhas...Só que há umas tão grandes que deve ser fácil esquecer esse detalhe, não como a ilha que se atravessa de um lado ao outro numa hora. Apareceu no concurso de cultura geral. É o Nauru. Já quem vive em Petropavlovsk-Kamchatsky precisa de percorrer 6.770 Km para chegar a Moscovo. Também depende do governo em que se vive: um país pode ser enorme e a população ter uma noção geográfica que não vai para lá da soleira da porta.
Gosto de saber onde fica a porta de saída e ficar perto dela. Depois aquilo era íngreme, a subir vá, e eu prefiro sítios planos. Das vezes que fui ao Gerês não trepei a coisa alguma, mas vi muita gente a fazer isso...A irem pelas rochas acima, algumas com crianças, outras de sandálias - calçado que algumas pessoas acham apropriado para qualquer lugar, mesmo para aqueles em que é óbvio que é melhor uns ténis. De um lado havia uma falésia abrupta que terminava na praia em baixo. Tenho medo das alturas e comecei a panicar, a pensar que ia tropeçar a qualquer momento e cair. Apesar da largueza do caminho. Só tenho menos medo das alturas em castelos, porque é uma coisa que gosto muito. Voltei para trás e fui-me sentar.
Não cheguei a ir ver o Forte de São João Baptista, que aparece em todas as fotos, nem descobri como é que se ia para a pequena praia. Nunca me convidem para nada radical tipo descer rios, explorar minas, ou esquiar. Vocês esquiam enquanto eu vou a pé até ao lugar mais próximo onde se vendam bebidas quentes. E se namorarem comigo não me ofereçam o livro 101 Sítios Para Fazer Sexo antes de Morrer. Outro dia estive a folhear e é insano. Gente, só preciso de pizza, um sofá e um filme (nada de comédias ou chachadas românticas) e temos programa. Se querem fazer sexo num teleférico ou numa montanha-russa não contem comigo.
- Outro dia ao olhar para a minha mesa-de-cabeceira vi que lá estavam: um tablet, um telemóvel, um par de auscultadores, duas canetas, um caderno, dois livros, um tesoura, grampos de cabelo, além do candeeiro. É por isto que gosto de mesas-de-cabeceira grandes e sólidas.
- Um dos livros que ando a ler é de capa dura. Gosto de todos os livros, mas os de capa dura são ainda melhores de agarrar e abraçar. Gosto de parar a leitura um pouco para passar a mão pela capa e pelas páginas. Não é tão bonita a visão de um livro aberto?
- Se um (a) booklover diz que gosta de vocês como de um livro considerem isso com um bom sinal.
- Tenho ando em guerra com a minha letra. Sempre foi feia. A minha motricidade é deficiente, tanto a grossa como a fina, então se estiver a escrever com pressa ou mais livremente aquilo fica medonho. Se escrever mais devagar fica um pouco melhor mas apesar de ser algo que gosto bastante de fazer não me apetece gastar uma hora a tentar escrever meia dúzia de frases com letra direita. Então às vezes fico com raiva e arranco a folha o que me deixa ainda mais chateada porque é estragar papel.
Feminista * plus size * comenta uma variedade de assuntos e acha que tem gracinha * interesse particular em livros, História, doces e recentemente em filmes * talento: saber muitas músicas da Taylor Swift de cor * alergia ao pó e a fascistas * Blogger há mais de uma década * às vezes usa vernáculo * toda a gente é bem-vinda, menos se vierem aqui promover ódio e insultar, esses comentários serão eliminados * obrigada pela visita!
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