A leitora e os seus velhinhos
Ontem estava a olhar para a minha estante e lembrei-me de ir buscar a máquina e fotografar os meus velhinhos. Alguns estão vincados, manchados, sem lombada, com mofo...Mas que hei-de fazer? Mais uma heresia a juntar ao facto de escrever nas margens - às vezes a caneta. Não cabiam todos neste post. Por exemplo, deixei de fora a minha épica edição do Retrato de Dorian Grey que tem páginas soltas: saltaram logo da primeira vez que o abri. Uns dois ou três que trouxe do lixo recentemente têm capítulos que parecem ter sido arrancados à tesourada. Fiquei de coração partido e não consegui livrar-me deles. E também porque há coisas que precisam de ser preservadas da invasão do digital.
(Mar Morto do Jorge Amado)
(Marcas de um anterior proprietário no Rei Édipo)
(A problemática dos livros com páginas coladas aliada à problemática de ter pouco jeito com tesouras)
(Detalhe de uma missiva que encontrei dentro de um livro do Somerset Maugham)