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Desabafos Agridoces

"Enfim, bonito e estranho, desconfio que bonito porque estranho"

Desabafos Agridoces

"Enfim, bonito e estranho, desconfio que bonito porque estranho"

A importância dos Diários ...

...e dos testemunhos pessoais. Em miúda gostava deste tipo de leitura. Estórias verídicas chamavam-me sempre a atenção apesar de nem sempre serem muito bonitas. Estavam-me sempre a dizer que devia ler coisas mais alegres, mas a minha curiosidade era mais forte. Era na mesma altura em que costumava ver os documentários no canal 2: não tinha grande critério e achava tudo interessante desde terramotos até à guerra do Vietname. Depois distanciei-me um pouco deste género...Mas recentemente ao ler este post voltei a lembrar-me da importância dos relatos de vida. São fundamentais para que o sofrimento de tantos não se perca, porque não importa o que façam: queimem, torturem, apontem armas...Não podem matar as palavras. Podem fazer fogueiras mas elas sobrevivem. Podem tentar escondê-las mas elas irão aparecer de novo. Haverá sempre um Winston escondido algures a escrever a verdade num cantinho. Os testemunhos fornecem visões únicas da sociedade - toda a gente tem uma estória para contar. César venceu os gauleses. Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço? De certeza que ele também teria coisas para dizer. Como compreender a História sem estes relatos? E podem ser uma fonte de inspiração.

 

 

A minha pequena secção de relatos (com algumas omissões por falta de espaço): na fila de cima memórias de corajosas jovens mulheres - Nina foi uma pintora russa, sobrevivente do Gulag e cujo o diário foi encontrado nos arquivos da KGB. Ma Yan, uma jovem chinesa de uma aldeia remota. Na fila de baixo: From Baghdad with Love, é sobre um grupo de soldados americanos que encontram um cachorro nuns escombros e decidem ficar com ele; The Zookeeper's Wife é a estória de Antonina Żabińska e do seu marido Jan, director do jardim zoológico de Varsóvia. Durante a ocupação alemã o zoo foi fechado mas eles continuaram a cuidar dos animais, ao mesmo tempo deram abrigo a centenas de pessoas fugidas do gueto. Manuela de Azevedo além de escritora e poetisa foi a primeira mulher jornalista em Portugal. Gosto muito destes três títulos e acho que ainda não tinham aparecido aqui. 

Quem Escreve Aqui

Feminista * plus size * comenta uma variedade de assuntos e acha que tem gracinha * interesse particular em livros, História, doces e recentemente em filmes * talento: saber muitas músicas da Taylor Swift de cor * alergia ao pó e a fascistas * Blogger há mais de uma década * às vezes usa vernáculo * toda a gente é bem-vinda, menos se vierem aqui promover ódio e insultar, esses comentários serão eliminados * obrigada pela visita!

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