Todas as formas da beleza
Gosto de campanhas com modelos grandes...Em mil com modelos magrinhas é bom uma pessoa sentir-se identificada. Mas há coisas que dão que pensar: outro dia estava a ver uma coisa dessas na TV e puxa aquelas mulheres eram perfeitas: pele sem defeitos, curvas no sítio...Acredito que por comparação ao padrão tradicional elas sejam consideradas gordas, mas eu não via nada disso. A representação dos diversos tipos de corpo nos média é ridiculamente baixa e mesmo quando o assunto são modelos plus-size nem todas as mulheres são assim: umas têm mais barriga, outras menos peito, gordura em sítios diferentes, marcas diversas...Por exemplo, Candice Huffine é uma mulher linda - a primeira modelo plus-size a entrar no famoso calendário Pirelli - mas nem todas somos assim e isso não tem mal nenhum...Não é como se houvesse certo ou errado. Diversidade é a palavra cheve! Acho que há muita hipocrisia quando se fala disto: as pessoas adoram falar de aceitação corporal mas se aparece na TV uma mulher com estrias acham nojento...Toda a gente conhece o all about that bass, já escrevi sobre esta música aqui, mas na mesma altura em que escrevi sobre ela encontrei referência a uma outra artista chamada Mary Lambert: as músicas são óptimas, cheias de sentimento, sem falar na voz, porque não é igualmente conhecida? A sério...isto vem também a propósito de uma estória que encontrei há dias: Jes Baker autora de um site que tem um dos melhores subtítulos de sempre - lose de bullshit. Love your body - ficou desiludida quando viu a campanha de uma certa marca de roupas plus-size. O objectivo era estimular todas mulheres a gostarem de si mesmas só que todas as da campanha tinham o mesmo tipo de corpo...Como é que se pode tentar elevar a auto-estima das mulheres, gordas ou magras, continuando a impor um modelo como certo? Vai daí ela decidiu fazer a sua própria campanha:
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