Inspira-me: o primeiro livro...
...que despertou o seu interesse pela leitura.
Não faço a mínima ideia...Eu já nasci a gostar de livros. Cada um tem as suas pancadas e esta minha vem mesmo de nascença. Quando era bebé a minha mãe sentava-me no chão com os livros de cozinha dela, que eram os únicos que havia em casa, e eu ficava tempos infinitos a folheá-los. Mais tarde comecei a decorar as histórias que me liam e a recita-las para as visitas que ficavam a achar que eu era um prodígio. Mas, para aí aos cinco ou seis anos aprendi realmente a ler. A partir daqui as coisas evoluíram naturalmente: comecei pelos livros de aventuras e juvenis depois passei para os romances quando tinha ai uns treze, lá para os dezassete descobri os clássicos...
De facto, não posso dizer que tenha havido uma numa altura em que não lia e uma altura em que passei a ler...Sei que isso acontece com algumas pessoas, por exemplo, começaram por ler o Harry Potter e depois tornaram-se leitores assíduos ou que porque encontraram alguém que os motivou algures no seu percurso, mas para mim não há essa fronteira. É mais uma linha contínua com alguns pontos de viragem pelo meio. Mas claro que houve alguns livros que me marcaram quando era jovem e tinha sonhos, como diz o outro...
Os meus livros d´Os Cinco, O Colégio das Quatro Torres, Os sete...Quando milhões de crianças Enid Blyton já não fez feliz? Também livros da colecção Uma Aventura e da Disney lá atrás (não tenho espaço na estante por isso tenho de fazer duas filas...). Ao lado Alice Vieira; Sophia de Mello Breyner Andresen e os maravilhosos sonetos da Florbela Espanca, lidos quando tinha treze anos. Memórias, memórias...