Por onde andei...

Coimbra tem certas semelhanças com Lisboa: ruas largas com lojas de marca que desembocam num rio, praças com pombos metediços, ruazinhas apertadas e labirínticas que levam a um ponto alto, neste caso à faculdade. Quem costuma andar por Alfama não irá estranhar. Há muito comercio: em cada rua há lojas, restaurantes, tasquinhas...mas abrem cedo e fecham cedo. E os bibliófilos devem tomar cuidado. As diferenças: é mais limpa (ênfase no mais) e em cada esquina há uma igreja...umas quantas precisam de reabilitação. É melhor esquecer o carro, calçar qualquer coisa confortável e agarrar num mapa (há um posto de turismo logo logo há entrada da cidade). O Portugal dos Pequenitos não é só para pequenitos mesmo que se tenha um 1,80...será só preciso maior dose de contorcionismo. Estão lá representados os monumentos portugueses mais emblemáticos; há casas típicas de cada região e pavilhões representando as colónias ultramarinas. Vale os nove euros do bilhete. Subir até à universidade com trinta e tal graus não foi boa ideia, mas a biblioteca joanina é outro ponto que vale a pena visitar. Quem não tiver medo das alturas pode subir á torre e apreciar a vista sobre a cidade (não me atrevi...). Por trás das faculdades fica a sé velha (está fechada) e ao lado a sé nova. As igrejas onde entrei eram bastante bonitas e ricamente decoradas...há a Igreja de Santiago (na praça do comércio); de Santa Cruz (lindíssima, na praça 8 de Maio) entre outras.
A Quinta das lágrimas é catita, mas é melhor não criar muitas expectativas. A fonte dos amores é apenas um regato. Mas é um sítio relaxante e bom para respirar ar puro. Para relaxar também é bom dar uma passeata junto um rio Mondego do lado do jardim.
A 17 Km de Coimbra fica Conímbriga onde se pode observar as ruínas romanas

e o museu onde estão expostos diversos artefactos encontrados ali durante as escavações: vasos, lapides, teares, aneis e colares, moedas...o destaque vai também para os mosaicos alguns perfeitamente preservados. bom sítio, nem que seja para perceber que a humanidade não evoluiu assim tanto.
A partir daqui andei aos saltinhos: dei um ao Buçaco com o objectivo de fazer de fazer um dos percursos (há vários de dificuldade e tempo variável), mas a subida à universidade fez-me bolhas nos pés de maneira que fiquei pelo vale dos fetos que é logo à entrada. Novo saltinho para ir ao Palácio de Mateus em Vila Real...O edifício é setecentista e a sua fachada é da autoria de Nicolau Nasoni. Uma parte está aberta ao público e na outra mora o conde de Vila Real que é proprietário do espaço. É indispensável visitar também os jardins que são magníficos. Dei ainda um saltinho a Bragança que tem um castelo todo catita com um museu militar no interior...só sei como é que aquele pessoal não assa ali no Verão.
E para terminar, o Douro continua lindo :D