A dulcíssima voz de Mónica Ferraz a terminar um sábado estafante...
Se a chama chega, E ninguém chega à chama De que vale arder? Se o barco parte sem velas, De que serve a maré?
Não se mostra o trajecto A quem parte para se perder Não se dá boleia A quem precisa de ir a pé
E é como quando pensas que estás a chegar E não deste um passo
Onde estou, nada mais pode crescer Eu sou assim, uma fênix a arder São só os meus erros, é toda a minha culpa
Hoje até o ar anda cansado Preciso de um enigma Para pôr fim ao propor Não sei o que me deu, não costumo estar assim Desco a rua que passa, rente à boca do mundo
Sinto a vida que passa E os rumores que circulam na boca do mundo
Onde estou, nada mais pode crescer Eu sou assim, uma fénix a arder São só os meus erros, é toda a minha culpa E é tudo o que faço E é todo o meu cansaço
Por fim, por fim...
Onde estou, nada mais pode crescer Eu sou assim, uma fênix a arder
Onde estou, nada mais pode crescer Eu sou assim, uma fénix a arder São só os meus erros, é toda a minha culpa É tudo o que faço E é todo o meu cansaço
E é tudo o que faço E é todo o meu cansaço
Por fim, por fim...
Sinto a vida que passa Na boca do mundo, não se sabe quem é quem...
Confesso que não tenho acompanhado os noticiários ultimamente. Do pouco a que assisti, pode notar a falta de destaque dado à notícia da proibição de touradas na Catalunha. Claro que tudo se baseia em valores notícia, que é a segunda coisa que se aprende nas aulas de redacção do meu curso.
Adiante…passo, então, a citar: “Parlamento da Catalunha decidiu proibir as touradas a partir de Janeiro de 2012. Por 68 votos a favor, 55 contra e nove abstenções os deputados catalães aboliram as corridas de touros, culminando um processo iniciado em 11 de Novembro de 2008 quando o hemiciclo regional autorizou a tramitação de uma Iniciativa Legislativa Popular sustentada num abaixo-assinado com 180 mil assinaturas” (Fonte: notícia do Público). Convém dizer que a Catalunha é a segunda região espanhola a proibir as corridas de touros, depois das ilhas Canárias em 1991.
Há séculos atrás mandavam-se pessoas para as arenas, hoje manda-se animais indefesos… hoje em dia o “espectáculo” é mais hipócrita. Dissimula-se o gosto pelo sangue, dizendo que os animais não sentem nada, são irracionais. Tantas séculos e é esta a evolução que se regista...
A mim faz-me bastante impressão todo o cenário em si, especialmente os risos. Como é que alguém se ri de ver um animal e ser torturado até à exaustão? A única coisa que não me arrepia é aquela parte dos forcados, pelo menos é mais justo, se é que isso existe ali naquele circo.
Ora, acho que esta proibição é um passo importantíssimo, que mostra que as mentalidades estão a mudar. Em Portugal é tudo tão lento…é tradição, é tradição. Também era tradição as adolescentes casarem-se, terem uma caterva de filhos e ficar em casa a lavar pratos até morrer. Pensando bem também era tradição fritar pessoas ali no Terreiro do Paço (aquele cheirinho a carne queimada misturado com a maresia…). Entretanto andei a pesquisar e encontrei a opinião de um matador de touros português que diz, cito –“ Sinto que estou a anular o sofrimento do touro e a dignificar a sua morte na arena. A arena é um cenário onde a morte é real”. Estou indecisa entre comentar esta afirmação e ir amarrar um gato à linha do comboio, para o dignificar e anular o seu sofrimento. Mas só quando passarem aqueles comboios que vêem das Caldas, bem lentos….para tornar a morte mais real.
É triste quando um país tem a tortura como tradição. Deixo um vídeo:
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