Coisas que se dizem
Às vezes gosto de andar a ver o que o pessoal diz sobre os assuntos. Na verdade é o que faço todos os dias, mas há alturas em que toda a gente quer mandar um bitaite sobre um determinado tema e não se consegue fugir - ninguém que siga blogs pode fugir à Cristina! Mas há assuntos sérios e parece que muita gente não pensa nas implicações do que diz...Bem se sabe que na net tudo se diz: vocês sabem lá se eu me chamo Sara ou Constantina ou se não sou um habitante do planeta Tralfamadore e vos estou a observar secretamente agora. Mas mesmo fora das caixas de comentários de jornais e afins onde as pessoas são tendencialmente psico algumas opiniões dão que pensar pelas suas linhas de argumentação...Que não raro até parecem razoáveis e nós dizemos sim senhor! Então lembrei-me de uma experiência que li num livro: alguém pegou em frases de uma certa personagem infame e pediu a políticos de vários partidos brasileiros (porque o livro é Guia politicamente Incorreto da Historia do Mundo de Leandro Narloch - giro para quem gosta de História e curiosidades) para classificar as frases na escala de concordo pouco ou concordo muito. Sem saberem da proveniência das mesmas claro. Olha que linda experiência para aplicar aqui em sectores diversos! Porque cada vez que dizemos que nós é que precisamos de ajuda, que nosso país vai ser arruinado ou que vão roubar coisas que nos pertencem não é como se estivéssemos a dizer algo novo. Claro que não precisam de dizer assim com este tom calamitoso - qualquer frase pode ser alterada de maneira a passar de que horror para sim senhor! Sem esquecer: um dia podemos ser quem empurra o entulho...E no outro ser o entulho.