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Desabafos Agridoces

"Enfim, bonito e estranho, desconfio que bonito porque estranho"

Desabafos Agridoces

"Enfim, bonito e estranho, desconfio que bonito porque estranho"

Sobre livros lidos...

Percebo que este foi um ano atípico a nível de leituras quando estou a fazer um top dos livros que menos gostei e a Culpa das Estrelas não ocupa o primeiro lugar. Só o facto de fazer este top é estranho...Não é costume não gostar de algum livro. Naturalmente há alguns que gosto menos mas não a ponto de pensar - puxa, preferia ter de ouvir o Leandro a cantar aquela música do pobre coitado em loop do que ler isto outra vez. Não me agridam por causa das Estrelas...O jonh é muito fofinho, sim senhor, mas aquilo é intragável. De facto, detestei quase tudo o que li de YA. Houve livros que não acabei (outra coisa rara), muitos estilos e autores novos. Uma confusão que reflecte o meu próprio estado de espírito...Ora, tenho andado a actualizar o meu registo de leituras - nome fino para designar o bloco onde aponto o título dos livros, autor e algumas impressões. É uma coisa que adoro, mas ás vezes tenho preguiça de escrever e deixo acumular...Mas agora já só me falta anotar os últimos quatro livros que li. Folheando o que ficou para atrás, no entanto, constato que também li coisas excelentes. Até senti uma certa emoção ao reler o que escrevi sobre esses...

 

Tudo o que li do Eça (se alguém morto está a ler este texto diga ao Eça que o amo);  Á Espero no Centeio do Salinger; Tristessa - um pequeno livro sobre uma prostituta que Kerouac conheceu no México - é tão belamente trágico que ás vezes tinha que parar para respirar fundo; Kafka á Beira Mar (e o próprio Kafka claro...Cara pessoa morta faça o favor de dizer ao Franz que também o amo); O Amante do Vulcão de Susan Sontag - romance histórico fabuloso que merecia uma resenha aqui. Mas não fui capaz...Sou a única a ter mais facilidade em falar do que não gosto do que sobre aquilo que gosto? Anna Karenina - Acho que os autores russos são mesmo a minha chávena de chá. O único problema é não saber bem o que ler a seguir: um leitor incauto lê um Tolstoi e sente-se realizado, mas se começar a pesquisar a lista é interminável. E encontra-los pior ainda. Li pela primeira vez Lobo Antunes e não morri e também a nível de descobertas tenho de mencionar Alice Munro - fiquei duplamente contente quando ela ganhou o Nobel por se tratar de uma Senhora  e ainda por cima contista: o conto é altamente desprezado por editoras e leitores, como se fossem coisitas menores que um autor vai escrevendo enquanto não lança o seu grande romance, mas eu gosto cada vez mais. É um tipo de texto exigente que não está ao alcance de qualquer um. Então quando a li fiquei triplamente contente. Podia mencionar mais alguns livros, mas só estes já fizeram valer a pena. Não sei o que seria de mim sem os meus livros ou melhor sem livros no geral. Entretanto conto ler mais um bocadinho: comecei A Mãe que estou a apreciar deveras. Quanto a contagens...Não quero saber. Espero que vocês também tenham lido coisinhas boas, mesmo que tenha sido pouco: Abaixo as estatísticas!

 

(Post em destaque...Obrigado!)

Ajuda do público

Imaginem que estão na casa de alguém e a pessoa põem comida na mesa, digamos uns croquetes ou uns biscoitinhos e até tem bom aspecto.  Ora, se vocês tirarem muitos vão parecer uns glutões, mas se não tirarem nenhum vão parecer uns ingratos. A questão é: quantos biscoitinhos podemos tirar sem parecer nem uma coisa nem outra? Um, dois? E tiramos um de cada vez ou podemos tirar uma mão cheia para ir comendo? Se não prestarem elogiamos na mesma ou agradecemos só? E só formos nós a tirar (imaginem que não somos os únicos convidados) parece mal? Então quando vem alguém a nossa casa devemos fazer o mesmo não é? Como as prendas do Natal...O mundo é um bocado complicado.

Facto do dia - VI

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A Barbie é de origem alemã - ela apareceu em 1952 no jornal Bild Zeit­ung num cartoon da autoria de Reinhard Beuthien com o nome de Lilli. Era loura, com formas curvilíneas, pernas longas e lábios sedutores. Tinha um comportamento liberal e independente. As tirinhas conquistaram um vasto número de fás masculinos e em 1955 Lilli foi transformada em boneca que era vendida em algumas lojas e bares. Como as pin-ups, a boneca era apenas para adultos. Ruth Handler, a criadora oficial da barbie, queria arranjar bonecas mais interessantes para a sua filha Barbara e numa viagem á Europa em 1956 encontrou Lilli. Com algumas modificações ela foi lançada em 1959 na América. Mas bonecas marotas não eram uma coisa nova: em 1941 os nazis criaram um projecto que consistia em desenvolver e fabricar bonecas que os soldados pudessem usar em caso de aperto, evitando assim o contacto com humanas e consequente propagação da sífilis. Chamava-se projecto Burghild e foi uma iniciativa de Himmler, depois de ver o que as prostitutas francesas faziam ao precioso sangue ariano, e estava a cargo do instituto de higiene das SS. Elas deviam ser louras, com olhos azuis, maleáveis e com órgãos realistas - as primeiras sexdolls. O projecto chegou a ser apresentado em Berlim, mas foi depois abandonado.

 

(Sobre as bonecas nazis vi aqui e aqui. Sobre a Lilli vi aquiaquiaqui)

 

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Quem Escreve Aqui

Feminista * plus size * comenta uma variedade de assuntos e acha que tem gracinha * interesse particular em livros, História, doces e recentemente em filmes * talento: saber muitas músicas da Taylor Swift de cor * alergia ao pó e a fascistas * Blogger há mais de uma década * às vezes usa vernáculo * toda a gente é bem-vinda, menos se vierem aqui promover ódio e insultar, esses comentários serão eliminados * obrigada pela visita!

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